segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Memórias do Paul...
Em sua terceira passagem pelo Brasil, Paul McCartney fez um show catártico em Porto Alegre neste domingo (7).
A apresentação, além de marcar o retorno do ex-beatle após 17 anos ao país, também é a primeira do artista em solo gaúcho e, mesmo sem nunca ter pisado na região dos pampas, Paul mostrou que se vira muito bem no “gauchês”.
Logo no início do show, depois de tocar Venus and Mars/ Rockshow, Jet, All My Loving e Letting Go, o simpático artista (que não aparenta os 68 anos que tem) avisou que tentaria “falar português a noite toda”.
E foi assim mesmo. Paul até brincou e arriscou um “bah, tchê” e “trilegal”, expressões tipicamente gaúchas, ao longo da apresentação.
Empolgada com os dotes linguísticos do ex-beatle, a plateia puxou o coro “Ah, o Paul é gaúcho” e ele concordou.
- Eu sou gaúcho!.
Entretanto, não foi só o quanto está afiado no português que o britânico mostrou nesta noite.
A apresentação confirmou o que já se sabia: Paul McCartney é uma das maiores lendas vivas do rock.
Durante aproximadamente três horas, o artista hipnotizou a plateia (de cerca de 50 mil pessoas) do Beira-Rio com músicas dos Beatles, do Wings, de sua carreira solo e do projeto The Fireman.
Com faixas como Let me Roll It, The Long and Winding Road, Blackbird, Band on the Run, I’ve Got a Feeling, Let it Be, Get Back e Yesterday no repertório da noite, fica até difícil dizer qual foi o ápice do show.
Mas vale destacar as homenagens que Paul fez para Linda McCartney, sua ex-mulher, que morreu de câncer em 1998, e para seus saudosos companheiros de Beatles, John Lennon e George Harrison.
Antes de cantar My Love, Paul disse que escreveu essa música para a sua “gatinha Linda”, mas que nessa noite ele iria dedicar a faixa para “todos os namorados”.
Na vez de Here Today, que o britânico cantou apenas acompanhado de um violão, ele disse que compôs a melodia para o seu “amigo John”.
Já na hora de Something, grandiosa faixa de Harrison, Paul a dedicou ao seu “amigo George”, que também ganhou projeções de suas fotos no telão do palco.
Um dos momentos mais marcantes do show também foi quando o ex-beatle sentou ao piano para tocar Live and Let Die, do Wings.
Durante a execução da música, o público foi surpreendido com chamas no palco e três belíssimas explosões de fogos.
Hey Jude também criou outro momento apoteótico da noite e Paul fez o Beira-Rio inteiro cantar os versos “Na, na na na na na, na na na, Hey Jude”.
Após terminar a faixa, composta para Julian Lennon, filho mais velho de John, o artista saiu do palco para voltar duas vezes.
No segundo bis, depois de tocar Helter Skelter, ele ainda fez a alegria de duas fãs, que subiram ao palco e ganharam um autógrafo do músico no braço.
Em um cartaz, as meninas pediam para ganhar o nome dele escrito na pele, para depois tatuá-lo.E conseguiram.
Depois da pequena “sessão de autógrafos”, Paul ainda cantou Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band e The End.
Após a passagem por Porto Alegre, Paul segue para Buenos Aires, para tocar no estádio do River Plate, e retorna ao Brasil para mais duas apresentações (21 e 22) na capital paulista, que serão realizados no Morumbi.
Mesmo com ingressos esgotados para as duas noites em São Paulo, dê um jeito para ir aos shows.
Gaste aquela graninha que está guardando ou até alugue um helicóptero com os amigos para ver o evento dos céus.
Afinal, é pouco provável que o ex-beatle retorne ao Brasil - fora que não é todo dia que se vê um mito da música desse porte se apresentando por aqui.
Very good!!!
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